domingo, 22 de abril de 2012

sábado, 21 de abril de 2012

Palavras ao vento.


                Gostaria de poder falar tudo que penso, que sinto, que já vivi, mas não consigo, tenho algum bloqueio que não me deixa falar tudo o que quero. Sempre que tento, sinto como se fossem palavras vazias faladas ao vento, sem razão, sem sentido nem direção, são apenas segundos, minutos, perdidos, divagando pela minha mente e atirando as palavras como quem fala com tudo e o nada.
                Cada um desses segundos, minutos, até mesmo dias que acabo inutilizando, apenas pensando e pensando me fazem sentir pior do que já estou, e as incertezas me acertam no peito com facas tão afiadas quanto o vento mais veloz da noite mais fria, deixando cortes e queimaduras que permanecem fortes nos momentos iniciais de sua dor, e tão duradouros e vívidos quanto uma árvore dos tempos de antes de Cristo.
                Esses sentimentos e palavras reprimidas que aos poucos tento (e tento, e tento, e tento) soltar ao vento, voltam com força, e me machucam. Me machuco sozinho. Ás vezes, até mesmo os mais breves pensamentos me deixam em ruínas. Devo parar de pensar ou devo parar de amar?

terça-feira, 17 de abril de 2012

Vícios.


                Eu nasci viciado na pior droga da atualidade. Minha mãe usou dela durante minha gestação, fazendo de mim um feto viciado nessa maldita droga. Desde criança eu sou usuário, e acabei viciando todos ao meu redor, coitados. Por algum motivo estranho eles nunca me culparam, mas sim a própria vida, que dizem tê-los feito cair na desgraça. O efeito é algo maravilhoso, impossível de se explicar, e assim que você usa você não consegue mais deixar de lado. A dor causada pela abstinência é algo inimaginavelmente horrível. É uma via interminável e sem volta.
                Meu nome é Lucas, e eu sou um viciado em amor.